A tempestade fodeu a cidade.
Entre árvores caídas e o mar de folhas que cobriu o concreto na última noite, ficou o trabalho maçante de limpar toda a merda causada pela tempestade de ventos e raios.
As pessoas olham horrorizadas, eu olho maravilhado.
Lembro da manhã, lembro do cheiro de chuva vindo do oeste. Lembro das seis e meia, do sono sendo afastado pela lufada forte de ar marítimo, das nuvens gigantes avançando como o apocalipse sobre todos os prédios, casas e parques.
Lembro de todos os trovões chicoteando o chão, castigando a cidade em um ato final após sete dias e sete noites de calor insuportável.
BAM, BAM, BAM.
Os deuses anunciam a chegada do cataclisma. As pessoas corriam olhando pra cima. Preocupadas em chegar logo no trabalho. Preocupadas com o caos certo.
E eu lá. Admirando. Amando. Desejando.
Toda aquela impetuosidade, aquela força, aquela destruição e criação anunciando sua liberação em nossas vidas.
Como não amar a intempérie ?! Como não amar o caos ?!
E naquela noite, quando tudo passou, eu apenas quis sentar no velho balcão de carvalho do Finnegan's 358, pedir um pint da cerveja mais forte e gelada possível e deixar meus músculos assumirem a derrota do cansaço de uma sexta feira finada.
Ainda lembro dos seus olhos profundos como a noite. O gole é forte e um soco no estômago, mas traz o calor e o prazer que eu sinto em você. Da sua pele alva, da minha mão avançando sobre você, da minha agressividade animal encontrando o devido lugar no seu corpo curvilíneo, feminino, delicado e na sua respiração ofegante pedindo mais.
Por muitos dias e horas, eu sou apenas mais um assalariado na selva de pedra. E lá está meu instinto, minha sombra, meu demônio, meu pecado, minha força da natureza implorando por liberdade. E é isso que você me faz. Á livra, a traz pra fora, me faz trocar o sapato social no piso laminado pela bota chutando a porta de madeira e vivendo verdadeiramente por um instante.
Eu sou a vida desperdiçada de Diego. Mas com você, eu sou a vida que queima, que pulsa, que devasta. E que te invade.
A destruição é tão bela. Destruir a ordem medíocre. Destruir a rotina certa. Destruir as amarras da vida média. Trocar quinze minutos no metrô por quinze minutos fodendo com você. Bebendo por aí. Andando sem rumo. Fazendo o que acha certo e fim. Sem justificativas, apenas certezas e ideais concretizados.
Ser o próprio criador.
Ser a própria tempestade.
Ser a fúria, a paixão, o começo e o fim.
Você me lembra toda a potência que eu deveria ser.
Me liberte.
A tempestade fodeu a cidade.
Entre
árvores caídas e o mar de folhas que cobriu o concreto na última noite,
ficou o trabalho maçante de limpar toda a merda causada pela tempestade
de ventos e raios.
As pessoas olham horrorizadas, eu olho maravilhado.
Lembro
da manhã, lembro do cheiro de chuva vindo do oeste. Lembro das seis e
meia, do sono sendo afastado pela lufada forte de ar marítimo, das
nuvens gigantes avançando como o apocalipse sobre todos os prédios,
casas e parques.
Lembro
de todos os trovões chicoteando o chão, castigando a cidade em um ato
final após sete dias e sete noites de calor insuportável.
BAM, BAM, BAM.
Os
deuses anunciam a chegada do cataclisma. As pessoas corriam olhando pra
cima. Preocupadas em chegar logo no trabalho. Preocupadas com o caos
certo.
E eu lá. Admirando. Amando. Desejando.
Toda aquela impetuosidade, aquela força, aquela destruição e criação anunciando sua liberação em nossas vidas.
Como não amar a intempérie ?! Como não amar o caos ?!
E
naquela noite, quando tudo passou, eu apenas quis sentar no velho
balcão de carvalho do Finnegan's 358, pedir um pint da cerveja mais
forte e gelada possível e deixar meus músculos assumirem a derrota do
cansaço de uma sexta feira finada.
Ainda
lembro dos seus olhos profundos como a noite. O gole é forte e um soco
no estômago, mas traz o calor e o prazer que eu sinto em você. Da sua
pele alva, da minha mão avançando sobre você, da minha agressividade
animal encontrando o devido lugar no seu corpo curvilíneo, feminino,
delicado e na sua respiração ofegante pedindo mais.
Por
muitos dias e horas, eu sou apenas mais um assalariado na selva de
pedra. E lá está meu instinto, minha sombra, meu demônio, meu pecado,
minha força da natureza implorando por liberdade. E é isso que você me
faz. Á livra, a traz pra fora, me faz trocar o sapato social no piso
laminado pela bota chutando a porta de madeira e vivendo verdadeiramente
por um instante.
Eu sou a vida desperdiçada de Diego. Mas com você, eu sou a vida que queima, que pulsa, que devasta. E que te invade.
A
destruição é tão bela. Destruir a ordem medíocre. Destruir a rotina
certa. Destruir as amarras da vida média. Trocar quinze minutos no metrô
por quinze minutos fodendo com você. Bebendo por aí. Andando sem rumo.
Fazendo o que acha certo e fim. Sem justificativas, apenas certezas e
ideais concretizados.
Ser o próprio criador.
Ser a própria tempestade.
Ser a fúria, a paixão, o começo e o fim.
Você me lembra toda a potência que eu deveria ser.
Me liberte.
A tempestade fodeu a cidade.
Entre
árvores caídas e o mar de folhas que cobriu o concreto na última noite,
ficou o trabalho maçante de limpar toda a merda causada pela tempestade
de ventos e raios.
As pessoas olham horrorizadas, eu olho maravilhado.
Lembro
da manhã, lembro do cheiro de chuva vindo do oeste. Lembro das seis e
meia, do sono sendo afastado pela lufada forte de ar marítimo, das
nuvens gigantes avançando como o apocalipse sobre todos os prédios,
casas e parques.
Lembro
de todos os trovões chicoteando o chão, castigando a cidade em um ato
final após sete dias e sete noites de calor insuportável.
BAM, BAM, BAM.
Os
deuses anunciam a chegada do cataclisma. As pessoas corriam olhando pra
cima. Preocupadas em chegar logo no trabalho. Preocupadas com o caos
certo.
E eu lá. Admirando. Amando. Desejando.
Toda aquela impetuosidade, aquela força, aquela destruição e criação anunciando sua liberação em nossas vidas.
Como não amar a intempérie ?! Como não amar o caos ?!
E
naquela noite, quando tudo passou, eu apenas quis sentar no velho
balcão de carvalho do Finnegan's 358, pedir um pint da cerveja mais
forte e gelada possível e deixar meus músculos assumirem a derrota do
cansaço de uma sexta feira finada.
Ainda
lembro dos seus olhos profundos como a noite. O gole é forte e um soco
no estômago, mas traz o calor e o prazer que eu sinto em você. Da sua
pele alva, da minha mão avançando sobre você, da minha agressividade
animal encontrando o devido lugar no seu corpo curvilíneo, feminino,
delicado e na sua respiração ofegante pedindo mais.
Por
muitos dias e horas, eu sou apenas mais um assalariado na selva de
pedra. E lá está meu instinto, minha sombra, meu demônio, meu pecado,
minha força da natureza implorando por liberdade. E é isso que você me
faz. Á livra, a traz pra fora, me faz trocar o sapato social no piso
laminado pela bota chutando a porta de madeira e vivendo verdadeiramente
por um instante.
Eu sou a vida desperdiçada de Diego. Mas com você, eu sou a vida que queima, que pulsa, que devasta. E que te invade.
A
destruição é tão bela. Destruir a ordem medíocre. Destruir a rotina
certa. Destruir as amarras da vida média. Trocar quinze minutos no metrô
por quinze minutos fodendo com você. Bebendo por aí. Andando sem rumo.
Fazendo o que acha certo e fim. Sem justificativas, apenas certezas e
ideais concretizados.
Ser o próprio criador.
Ser a própria tempestade.
Ser a fúria, a paixão, o começo e o fim.
Você me lembra toda a potência que eu deveria ser.
Me liberte.
0 comentários:
Postar um comentário