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sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Tormenta



A tempestade fodeu a cidade.

Entre árvores caídas e o mar de folhas que cobriu o concreto na última noite, ficou o trabalho maçante de limpar toda a merda causada pela tempestade de ventos e raios.

As pessoas olham horrorizadas, eu olho maravilhado.

Lembro da manhã, lembro do cheiro de chuva vindo do oeste. Lembro das seis e meia, do sono sendo afastado pela lufada forte de ar marítimo, das nuvens gigantes avançando como o apocalipse sobre todos os prédios, casas e parques.

Lembro de todos os trovões chicoteando o chão, castigando a cidade em um ato final após sete dias e sete noites de calor insuportável.

BAM, BAM, BAM.

Os deuses anunciam a chegada do cataclisma. As pessoas corriam olhando pra cima. Preocupadas em chegar logo no trabalho. Preocupadas com o caos certo.

E eu lá. Admirando. Amando. Desejando.

Toda aquela impetuosidade, aquela força, aquela destruição e criação anunciando sua liberação em nossas vidas.

Como não amar a intempérie ?! Como não amar o caos ?!

E naquela noite, quando tudo passou, eu apenas quis sentar no velho balcão de carvalho do Finnegan's 358, pedir um pint da cerveja mais forte e gelada possível e deixar meus músculos assumirem a derrota do cansaço de uma sexta feira finada.

Ainda lembro dos seus olhos profundos como a noite. O gole é forte e um soco no estômago, mas traz o calor e o prazer que eu sinto em você. Da sua pele alva, da minha mão avançando sobre você, da minha agressividade animal encontrando o devido lugar no seu corpo curvilíneo, feminino, delicado e na sua respiração ofegante pedindo mais.

Por muitos dias e horas, eu sou apenas mais um assalariado na selva de pedra. E lá está meu instinto, minha sombra, meu demônio, meu pecado, minha força da natureza implorando por liberdade. E é isso que você me faz. Á livra, a traz pra fora, me faz trocar o sapato social no piso laminado pela bota chutando a porta de madeira e vivendo verdadeiramente por um instante.

Eu sou a vida desperdiçada de Diego. Mas com você, eu sou a vida que queima, que pulsa, que devasta. E que te invade.

A destruição é tão bela. Destruir a ordem medíocre. Destruir a rotina certa. Destruir as amarras da vida média. Trocar quinze minutos no metrô por quinze minutos fodendo com você. Bebendo por aí. Andando sem rumo. Fazendo o que acha certo e fim. Sem justificativas, apenas certezas e ideais concretizados.

Ser o próprio criador.

Ser a própria tempestade.

Ser a fúria, a paixão, o começo e o fim.

Você me lembra toda a potência que eu deveria ser.

Me liberte.
A tempestade fodeu a cidade.

Entre árvores caídas e o mar de folhas que cobriu o concreto na última noite, ficou o trabalho maçante de limpar toda a merda causada pela tempestade de ventos e raios.

As pessoas olham horrorizadas, eu olho maravilhado.

Lembro da manhã, lembro do cheiro de chuva vindo do oeste. Lembro das seis e meia, do sono sendo afastado pela lufada forte de ar marítimo, das nuvens gigantes avançando como o apocalipse sobre todos os prédios, casas e parques.

Lembro de todos os trovões chicoteando o chão, castigando a cidade em um ato final após sete dias e sete noites de calor insuportável.

BAM, BAM, BAM.

Os deuses anunciam a chegada do cataclisma. As pessoas corriam olhando pra cima. Preocupadas em chegar logo no trabalho. Preocupadas com o caos certo.

E eu lá. Admirando. Amando. Desejando.

Toda aquela impetuosidade, aquela força, aquela destruição e criação anunciando sua liberação em nossas vidas.

Como não amar a intempérie ?! Como não amar o caos ?!

E naquela noite, quando tudo passou, eu apenas quis sentar no velho balcão de carvalho do Finnegan's 358, pedir um pint da cerveja mais forte e gelada possível e deixar meus músculos assumirem a derrota do cansaço de uma sexta feira finada.

Ainda lembro dos seus olhos profundos como a noite. O gole é forte e um soco no estômago, mas traz o calor e o prazer que eu sinto em você. Da sua pele alva, da minha mão avançando sobre você, da minha agressividade animal encontrando o devido lugar no seu corpo curvilíneo, feminino, delicado e na sua respiração ofegante pedindo mais.

Por muitos dias e horas, eu sou apenas mais um assalariado na selva de pedra. E lá está meu instinto, minha sombra, meu demônio, meu pecado, minha força da natureza implorando por liberdade. E é isso que você me faz. Á livra, a traz pra fora, me faz trocar o sapato social no piso laminado pela bota chutando a porta de madeira e vivendo verdadeiramente por um instante.

Eu sou a vida desperdiçada de Diego. Mas com você, eu sou a vida que queima, que pulsa, que devasta. E que te invade.

A destruição é tão bela. Destruir a ordem medíocre. Destruir a rotina certa. Destruir as amarras da vida média. Trocar quinze minutos no metrô por quinze minutos fodendo com você. Bebendo por aí. Andando sem rumo. Fazendo o que acha certo e fim. Sem justificativas, apenas certezas e ideais concretizados.

Ser o próprio criador.

Ser a própria tempestade.

Ser a fúria, a paixão, o começo e o fim.

Você me lembra toda a potência que eu deveria ser.

Me liberte.
A tempestade fodeu a cidade.

Entre árvores caídas e o mar de folhas que cobriu o concreto na última noite, ficou o trabalho maçante de limpar toda a merda causada pela tempestade de ventos e raios.

As pessoas olham horrorizadas, eu olho maravilhado.

Lembro da manhã, lembro do cheiro de chuva vindo do oeste. Lembro das seis e meia, do sono sendo afastado pela lufada forte de ar marítimo, das nuvens gigantes avançando como o apocalipse sobre todos os prédios, casas e parques.

Lembro de todos os trovões chicoteando o chão, castigando a cidade em um ato final após sete dias e sete noites de calor insuportável.

BAM, BAM, BAM.

Os deuses anunciam a chegada do cataclisma. As pessoas corriam olhando pra cima. Preocupadas em chegar logo no trabalho. Preocupadas com o caos certo.

E eu lá. Admirando. Amando. Desejando.

Toda aquela impetuosidade, aquela força, aquela destruição e criação anunciando sua liberação em nossas vidas.

Como não amar a intempérie ?! Como não amar o caos ?!

E naquela noite, quando tudo passou, eu apenas quis sentar no velho balcão de carvalho do Finnegan's 358, pedir um pint da cerveja mais forte e gelada possível e deixar meus músculos assumirem a derrota do cansaço de uma sexta feira finada.

Ainda lembro dos seus olhos profundos como a noite. O gole é forte e um soco no estômago, mas traz o calor e o prazer que eu sinto em você. Da sua pele alva, da minha mão avançando sobre você, da minha agressividade animal encontrando o devido lugar no seu corpo curvilíneo, feminino, delicado e na sua respiração ofegante pedindo mais.

Por muitos dias e horas, eu sou apenas mais um assalariado na selva de pedra. E lá está meu instinto, minha sombra, meu demônio, meu pecado, minha força da natureza implorando por liberdade. E é isso que você me faz. Á livra, a traz pra fora, me faz trocar o sapato social no piso laminado pela bota chutando a porta de madeira e vivendo verdadeiramente por um instante.

Eu sou a vida desperdiçada de Diego. Mas com você, eu sou a vida que queima, que pulsa, que devasta. E que te invade.

A destruição é tão bela. Destruir a ordem medíocre. Destruir a rotina certa. Destruir as amarras da vida média. Trocar quinze minutos no metrô por quinze minutos fodendo com você. Bebendo por aí. Andando sem rumo. Fazendo o que acha certo e fim. Sem justificativas, apenas certezas e ideais concretizados.

Ser o próprio criador.

Ser a própria tempestade.

Ser a fúria, a paixão, o começo e o fim.

Você me lembra toda a potência que eu deveria ser.

Me liberte.

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