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quarta-feira, 8 de abril de 2009

Moonlight






Antigamente, lá nos meus 14 anos, eu era fascinado pela noite e seu luar.Era simplesmente olhar para ela, e eu conseguia imaginar as mais incríveis coisas(J.R.R Tolkien ? Ah, ele deve ter sido meu aprendiz), inspirar os mais belos poemas(Alvares de Azevedo me conheceu na pré escola, eu acho.O garoto estranho das meias molhadas) , planejar o mais audacioso objetivo.Bem, por conta de vários fatos que tiraram de mim a habilidade de sonhar (e de deixar Camões no chinelo), as noites deitadas no quarto ouvindo Scar Tissue do Red Hot e admirando as nuvens sob a lua se foram.

E logo hoje, um dia aparentemente normal como qualquer outro de Abril, isso parece ter voltado.Sabe, estilo aquela sequência do filme que você mais gosta( só não vale xuxa ou porcarias enlatadas.).Os primeiros sinais surgiram quando Eu, conversando com meu amigo, acabei descobrindo que o mesmo viajou para os EUA, nadou com tubarões e queria esclar uma montanha.OK, quando você pega trem todo dia, vê números todo dia, faz as mesmas coisas todo dia, um pouco de aventura e imaginação não faz mal.Me senti animado imaginando escalar uma montanha, com todos os detalhes, inclusive a temperatura e a falta de ar.Mas logo voltei á terra.

Então, após uma pausa para o almoço e uma pequena caminhada pela ave nida dos escombros até o trabalho, me sentei na área dos bancos.Esta é uma área pavimentada e coberta, quase sempre vazia e sem ruídos.Janelas deixavam passar um pouco da luz do sol.Pra alguns, algo solitário e triste, outros considerariam sombrio.Pra mim, um santuário.

Me sentei ali, e de repente imaginei tudo que poderia fazer.Viajar de moto pela américa estilo Che Guevara, ou ao primeiro indicio de um milhão na conta, fazer um mochilão por aí, puxar uma senhora de idade para dançar com elegância em uma festa de gala (senhoras de idade são uma companhia fabulosa em termos de conversa), conhecer um morador dos Alpes, ou um nativo da Bolívia, ou comer um Taco em Guadalajara, ou visitar alguma cidade de interior dos EUA, daquelas que aparecem nos seriados...Sim, eu voei longe.E me senti estranhamente feliz por isso (sim, eu produzi felicidade auto suficiente.!!!)

Mais tarde, no meu intervalo, fui até o terraço.Era uma noite agradável, e de um lado se podia ver o trânsito e as pessoas apressadas, e no outro, casas e um bosque...um contraste, quase.E então, aquela sensação voltou.Eu sentei, e observei.E o tempo voou.E meus sonhos também.

A humanidade está diferente.Seu sonhador numero 1 voltou.

Ad Infinittumn

3 comentários:

Mayara Novais disse...

Eu sempre acreditei que o mundo fosse um mero palco para os nossos sonhos...Viver só a realidade é muito monótono!!

Bjos

putresco disse...

Cuidado, as pessoas que tomam muito gosto pela imaginação acabaram trancadas numa saleta estofada três por três gritando que eram Napoleão. Os piores conseguiram fugir e agora escrevem em bológues.

Maria disse...

A coisa que mais dá sentido a esta vida é o irreal, o que se faz do real em nossa imaginação. Se fosse só o óbvio, nada teria graça. São os sonhos que movem teu caminhar, que te dão esperança e logo, te levam sempre além...

No mais, eu tb sou amante da lua!

Meu beijo