"Os grandes só parecem grandes porque estamos ajoelhados" - Che Guevara

É realmente admirável o quanto um fato diferente muda a visão das coisas.Sabe, eu estava aqui, matando cachorro á grito, ouvindo Tears for Fears e assistindo jogo de futebol dos anos 90 com narração do Galvão Bueno de tanta nostalgia (e de tanta "ansiedade" para o ano novo vir logo), e aí pintou uma festa familiar.Inicialmente eu não queria ir, por que não conhecia quase ninguém da família da minha namorada, e sou tímido e anti-social (deu pra perceber já, Ray Charles ?).
Mas eu fui, e foi excelente.Além de ser um evento social com música e pessoas educadas, não tinha muita gente chata (tirando um ou outro adolescente - sempre adolescentes - que gritavam coisas sem graça) e AH, o melhor, ninguém pegando no meu pé dizendo "Poxaa, você tá quieto, tá com algum problema ?" ou "Vai lá fora, falar com as pessoas".Conversei a noite inteira com a minha namorada e as pessoas, e foi relaxante.Até arrisquei tomar um Hi-fi de maracujá com saquê.
Por um único momento, pensei nas pessoas pobres.Sabe, as pessoas ali não pareciam arrogantes...mas eu lembrei do equilíbrio do sistema - que para alguém ficar mais rico, outro deve ficar mais pobre - e em vez de me sentir triste, tornei isso um motivo a mais para lutar pelo que acredito.Podem me chamar de suicida ou louco.
Ah, hoje eu vi um táxi pegando fogo.Nada demais, mas como estavam chegando muitas pessoas de outros estados ali na Tietê, ficaram olhando com cara de mexicano em Manhatan olhando o Empire State.E, claro, pra minha desagradável surpresa, Osasco estava cheia em pleno domingo.Culpa do Natal.Velho barbudo maldito.
Bem humorado por conta do primeiro domingo do ano sem responsabilidade.Vá a merda, 2009.


Abraços, caros raros leitores.