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terça-feira, 6 de setembro de 2011

In Your Honor


Ando na rua e o ar parece mais leve. Dar bom dia, boa tarde, boa noite para as pessoas tem se tornado gostoso. Eu olho colegas de trabalho e apenas observo, feliz, a forma como se expressam, como falam, as coisas que dizem.

Olho para a rua e vejo uma árvore frondosa ter as folhas agitadas pelo vento.Um grupo de moças de vestido e óculos escuro passa na calçada.O sol ilumina a rua e um vento quente bate em meu rosto.

Carros, máquinas fantásticas, se locomovem na velocidade do progresso.As cores da calçada.O barulho do metrô.A torcida para que faça um pouco de frio á noite.

Eu inspiro fundo e sinto aquilo pulsar novamente dentro de mim.

Vida.

Pelas veias.Pelos nervos.Pela alma.O olhar perdido agora se converte novamente em uma postura inquisidora, curiosa e corajosa. O brilho que tanto fazia falta voltou. Ainda mais forte.

Sorrio quando penso que a escolha mais difícil do momento é se vou aprender italiano, francês, espanhol ou alemão.E sorrio mais ainda quando penso que logo logo vou poder ter meu carro. E que uma viagem está nos planos.

Me lembro da noite anterior, de quando amigos, diversos deles, foram calorosos comigo e eu tive que agradecer, um por um, e publicamente, o afeto que me direcionavam.

Em um mundo auto proclamado frio e sem coração, minhas duas mãos não conseguem contar todas as pessoas maravilhosas que o destino me deu.

Parece que eu consigo vencer a tendência de ser mais um desmiolado por aí. Uma vez que, me perdoe leitor, eu não acredito em sorte e azar, quando olho para as pessoas que atraio, me dá uma certeza muito grande de que estou no caminho certo.

Não me sinto mais tão abatido. O ar não está mais rarefeito. E até quem me vê andando na rua percebe que o campeão voltou.

Estava eu, acreditem só, arrumando meus fones e andando na rua, quando me percebi sorrindo de orelha a orelha simplesmente por me sentir vivo. E quando levantei a cabeça, uma família dentro de um carro estava olhando pra mim, com um ar curioso. Eu retribui o olhar, com essa minha cara de protagonista de faroeste, e continuei sorrindo. A senhora no banco de passageiro gargalhou e o motorista abriu um sorriso também.

E ali eu descobri que a sensação de fazer parte do fluxo, de algo maior, não só é vibrante e incrível, mas contagia.

Tô com a minha guitarra encostada lá em casa. Tô com meus planos pra diplomacia e pro mundo na cabeça aguardando começar. Tô louco pra ir no estádio ver meu time jogar. Tô apaixonado pelo mundo e por tudo que existe de novo.E de novo.E de novo. Tesão puro pela criação do Criador.

Mais preparado pra ser um herói, quem sabe.

E ontem, um ciclo da minha vida se encerrou. Foram três meses de muita luta e aprendizado. Infelizmente alguém foi embora da minha vida, mas entendo que ela pode voltar um dia.

Eu aprendi uma lição muito valiosa nesse tempo.Eu hoje sou um ser humano melhor do que a três meses atrás.

Obrigado a meus amigos, que estiveram do meu lado o tempo todo, me segurando e apoiando quando eu parecia que iria cair derrotado.

E obrigado a Deus pela oportunidade de crescimento.

E obrigado a você, que preferiu ir embora, e talvez não vá ler isso. Um final triste não apaga uma história grande. Você vai ser especial pra sempre, garota. Mesmo longe.

LIBERDADE, FRATERNIDADE E IGUALDADE ! Mais do que palavras bonitas, perspectivas de uma vida ideal para todos.É a vida que vou construir pra mim.

2 comentários:

Elis disse...

Muito bom ler isso e ver que voce está se sentindo vivo de novo. (:

-E2R- disse...

Sabe o que é mais legal neste texto? Não sei o motivo que te deixou mal, embora eu saiba que haja a perda de alguém, mas não me parece só isso...Enfim, também não faço questão de descobrir, porque o bonito dele não está em descobrir o motivo, mas em enxergar a rua, o metrê, a família que sorriu pra vc de volta. Isso é vivo. Isso da pra sentir e, embora vc também não conheça os problemas alheios, deixa a dica de como é bom superá-los! É um belo conselho de vida...

Elaine.